Uma
foto na primeira página do jornal The New York Post mostrando um homem a ponto
de ser atropelado pelo metrô em Nova York causou polêmica e levou muitos
leitores indignados a criticar a publicação da imagem e a questionar por que a
ninguém tentou salvar a vítima.
Vinte
e dois segundos separaram o instante em que o fotógrafo R. Umar Abbasi disparou
o obturador da câmera pela primeira vez e o atropelamento de Ki-suk Han por um
trem do metrô da linha R. Han foi empurrado para a morte por um homem que mais
tarde seria preso em consequência da identificação feita por meio das fotos.
O
tabloide "New York Post" publicou a foto de Han na plataforma,
olhando o trem se aproximando, na primeira página de sua edição de terça-feira,
com a manchete "Condenado", em letras garrafais, e o título de apoio
"Empurrado para os trilhos do metrô, este homem está prestes a
morrer", detonando um debate acalorado na imprensa, na TV e na internet.
A
primeira discussão se deu em torno da atuação do fotógrafo - ele deveria ter
corrido para socorrer a vítima, em vez de tirar fotos? Estaria o fotógrafo
ignorando suas responsabilidades como ser humano porque viu a oportunidade de
fazer uma foto que seria boa para ele profissionalmente ou teria ele se
comportado como um abutre?
A
segunda discussão passa pela decisão dos editores do jornal em publicar a foto,
no caso em primeira página. A decisão de publicar levou em consideração
princípios como a moral e a éticas ou os objetivos comerciais do jornal tornam
sua decisão de publicar aceitável? Esse seria o verdadeiro papel do fotojornalismo?